Primeiramente, antes de começar a tratar sobre os prévios deste assunto, muito grato gostaria de apontar a referência a qual estou trabalhando em classe e sobre o que ela oferece - “Como Chegar ao SIM” de Roger Fischer, Willian Ury e Bruce Patton. Ao ver os aspectos e perfis de uma negociação, a obra acerca, de maneira clara e eficiente, as barreiras que cada início de acordo impõe em conformismo com determinadas atitudes dos negociadores. Logo, para então mirar soluções adequadas para problemas de posições, os autores sugerem métodos que auxiliem o benefício sensato, justo e comum às partes em uma mesa de negociação, ou então, “oferece uma estratégia comprovada, concisa e detalhada para se chegar a acordos mutuamente aceitáveis em toda espécie de conflito”.
O Problema apontado pelos autores.
A grande barreira apontada pelos autores a não resolução dos acordos, sem dúvida, diz respeito, principalmente, à barganha de posições que cada parte toma para si, em dois tipos ou variações entre estes - afabilidade ou aspereza. Em vários tópicos explicativos, a obra traz a lume o porquê destas maneiras de negociação não lograrem bom êxito em relação ao benefício comum. Por primórdio, a problematização é feita sobre o acirramento das partes em se manterem concisas nas suas posições e expressar a não possível flexibilidade, o que, na maioria dos casos poderá acarretar em uma insensata resolução.
Ainda a tratar das posições ásperas dos negociadores, a obra revela como reflexo a esta atitude, a ocorrência das disputas de vontade, nas quais, por meio de uma suposta “batalha de interesses lúdicos”, uma das partes intenta o convencimento da outra a alterar sua posição inicial, causando raiva e ressentimento nesta ao ver-se curvada e distante de seus interesses e mais próximos aos de seu adversário, e assim o possível acordo pode ser possível sem manter o relacionamento das pessoas e busca de interesses mútuos benéficos.
Agora, sobre outro prisma, mas também não tão sensato, a obra faz menção aos acordos em que ambas ou apenas uma das partes opta pela gentileza na barganha posicional ao negociar, de modo a preservar o acordo amistoso. Esta atitude, segundo os autores, pode ser onerosa ao ponto de gerar a possibilidade de a outra parte assumir uma posição áspera e fechada, pois o afrontamento traz consigo ameaças e insiste em obter privilégios. Logo, sobre a vulnerabilidade, a afabilidade, com objetivo de manter o relacionamento e seguir o acordo, faz então concessões ao negociante “jogo duro”, de maneira a este obter maiores privilégios e ser possível um findo na negociação, mas não de maneira sensata.
A Solução sugerida pelos autores com base nas “Negociações por Princípios”.
Indubitavelmente, muito além das atitudes que caminham entre o afável e o áspero, existe uma forma mais clara e sensata de transcorrer em um acordo sem causar maiores danos aos interesses e relacionamento das partes e de possibilidades mais justas nos findo dos pactos - a negociação baseada em princípios ou por méritos. Esta, por primeiro, independe da disputa de vontade dos negociadores, recorre às garantias de cada lado por meio dos méritos e leva a negociação a resolver, de forma imparcial, os interesses reais de cada um, de modo que o benefício seja mútuo. Logo, conforme os autores, existem quatro pontos que definem o método direto e devidamente sensato que pode ser efetivado em quase todas as circunstâncias:
- PESSOAS: Separe as pessoas dos problemas.
* os seres humanos são componentes emocionalmente variáveis, sujeitos a distintos tipos de interpretações e a dificuldades de clareza, por isto a necessidade de não haver identificação do ego com a posição da pessoa. Ao invés de as partes fazerem da negociação uma “batalha de posições”, trabalharem lado a lado na resolução do problema.
- INTERESSES: Concentre-se nos interesses, não nas posições.
* A barganha de posições obscurece os reais interesses das partes e não beneficia a ambas justamente.
- OPÇÕES: Crie uma variedade de possibilidades antes de decidir o que fazer.
* A existência da dificuldade de conceber decisões frente aos adversários impossibilita a escolha de soluções ótimas. A grande “cartada” trata-se de contrabalancear as limitações e ceder um tempo para pensar numa vasta gama de soluções que promovam interesses comuns e conciliem os interesses divergentes.
- CRITÉRIOS: Insista em que o resultado tenha por base algum padrão objetivo.
* Insistir de que a proposta afirmada está sobre padrões justos, critérios objetivos e exemplos sólidos. Logo mostre, de maneira substantiva, o porquê disto ser benéfico a ambos.
Elementos da negociação envolvidos em todas as negociações discutidas pelos autores.
Os elementos abordados pelos autores de quaisquer acordos podem ser elencados e comparados entre si conforme o perfil de cada negociação, seja ela em caráter de afabilidade/gentileza, aspereza/acirramento ou estruturado em princípios meritocráticos, como demonstrado no quadro abaixo:
Afável
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Áspero
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Baseado em Princípios
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Participantes são amigos
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Participantes são adversários
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Participantes são solucionadores de problemas
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A meta é o acordo
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A meta é a vitória
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A meta é o resultado sensato, eficiente e amigável.
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Faça concessões para preservar o relacionamento e seguir com o acordo
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Exija concessões como condição de relacionamento
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Separe as pessoas dos problemas
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Seja polido com o problema e as pessoas.
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Seja áspero com o problema e as pessoas
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Seja afável com as pessoas e rigoroso com o problema
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Confie nos outros
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Desconfie dos outros
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Prossiga independente da confiança
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Mude facilmente de posição/Flexibilidade
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Aferre-se em sua posição
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Concentre-se nos interesses, não nas posições
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Faça ofertas
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Faça ameaças
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Explore interesses
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Revele seu piso mínimo
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Iluda seu piso mínimo
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Evite ter um piso qualquer
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Aceite perdas unilaterais para chegar ao acordo
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Exija vantagens unilaterais como preço dos acordos
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Invente opções de benefício mútuo
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Busque apenas uma resposta: a que a outra parte aceitará
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Busque apenas uma resposta: a que você aceitará
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Desenvolva opções múltiplas dente as quais escolher: decida com o tempo
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Insista no acordo
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Insista em sua posição
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Insista em critérios justos e objetivos
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Tente evitas as disputas de vontade
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Tente vencer as disputas de vontade
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Tente chegar a um resultado baseado em padrões independentes da vontade
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Ceda à pressão
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Exerça pressão
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Raciocine e permaneça aberto à razão; ceda aos princípios e não as pressões.
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